Sou eu de novo, trazendo mais reflexões sobre a stablecoin KRW.
Desta vez, finalmente descobri por que as autoridades estão tão interessadas em promover as stablecoins.
Acredito ter identificado o verdadeiro motivo por trás de toda essa movimentação!
Antes de tudo, vejamos o que relata o Financial News:
Ahn, ex-Vice-Ministro Segundo da Economia e Finanças, formou recentemente uma força-tarefa envolvendo o Ministério da Economia e Finanças, o Banco da Coreia, a Comissão de Serviços Financeiros, o Instituto do Mercado de Capitais da Coreia e outros órgãos relevantes para elaborar um projeto de lei sobre stablecoins lastreadas em won.
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O gabinete de Ahn planeja incluir, além dos critérios básicos de elegibilidade e licenciamento para emissores de stablecoins, requisitos sobre ativos em garantia, medidas de gestão de política monetária, supervisão de transações cambiais e mecanismos de proteção ao usuário.
Hwang Se-woon, pesquisador sênior do Instituto do Mercado de Capitais da Coreia e membro da força-tarefa de stablecoins em won liderada por Ahn, destacou que apenas entidades que cumpram critérios rigorosos devem poder emitir stablecoins, e que essa permissão deve ser formalizada por meio de um sistema de licenciamento.
Resumindo: é bastante provável que a emissão de stablecoins KRW exija autorização do governo.
Mas quem provavelmente receberá essa autorização? Pessoas próximas ao governo? Grandes empresas que já demonstram interesse e preparo?
Ninguém sabe ao certo quem será o verdadeiro beneficiado dessa política acelerada, mas o mercado já aposta intensamente em alguns nomes.
KakaoPay desponta como um dos principais candidatos a se beneficiar das stablecoins KRW, já que é um dos maiores aplicativos de pagamentos na Coreia.
Com o KakaoPay liderando esse movimento, o Grupo Kakao planeja aproveitar seu próprio banco, o KakaoBank, para impulsionar ainda mais sua estratégia com stablecoins.
Parece que os traders coreanos terão nova oportunidade de lucro e a mão invisível segue operando como sempre.
Mas será que essa mão foi mesmo tão invisível? Ou, quem sabe, visível para alguns privilegiados?
Por registrarem possíveis negociações com informações privilegiadas realizadas por representantes eleitos, ainda que eles afirmem não possuir ativos financeiros.
A foto retrata o deputado Lee Chun-seok, do Partido Democrático da Coreia, realizando operações em bolsa sob o nome de outra pessoa no plenário da Assembleia Nacional.
De acordo com o portal The Fact, no dia anterior, o presidente Lee foi flagrado negociando ações como Naver por meio de um app de investimentos em seu celular durante uma sessão na Assembleia. O detalhe é que a conta exibida na foto não estava em nome de "Lee Chun-seok", e sim do seu assessor, Sr. Cha.
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Embora esses registros tenham ocorrido ao longo de dez meses, em 31 de dezembro do ano passado, a declaração de bens apresentada por Lee afirmava que nem ele nem sua família detinham ações. Pela Lei de Transações Financeiras em Nome Real e Confidencialidade, toda operação financeira deve ser feita em nome próprio. Quem realizar transações em nome de terceiros para fins ilícitos, como ocultação patrimonial, pode pegar até cinco anos de prisão ou multa de até 50 milhões de won.
A velha história: “Não me importo com câmeras que ampliam em 125x atrás de mim; vou só conferir esses papéis subindo enquanto voto SIM”—essa realmente chamou atenção.
Ainda não há decisão sobre a existência de uso de informação privilegiada, mas só o fato de negociar usando a conta do assessor já revela indício de irregularidade.
Falando em crime, muitos são cometidos sob o pretexto de conteúdo educativo.
No minuto 17:06 do vídeo mencionado, o apresentador defende que K-Pop e K-Culture seriam ótimos casos de uso para stablecoins KRW, repetindo exatamente os argumentos propalados por políticos que buscam mudar a legislação.
O mais impactante nesse vídeo não é o próprio conteúdo, e sim a reação nos comentários: predominam manifestações de desapontamento com o responsável pelo canal:
“O que está rolando? Está tentando se eleger?”
“Acho que dei crédito demais ao Hyoseok ao longo do tempo…”
“O que aconteceu aqui? O governo te obrigou a postar esse vídeo? rs… que coisa.”
Mas ver comentários contestando essa tentativa de doutrinação acaba sendo inquietante: a sensação é de que quem questiona faz parte de uma minoria absoluta no país.
A maioria nem sabe o que é uma stablecoin e não tem interesse em descobrir como funciona. Apenas quem tem educação financeira consegue perceber e se preocupar com essas discussões.
A aprovação do governo atual está em 65%. Obviamente, os vales de 100 dólares distribuídos gratuitamente não influenciaram esse índice, certo?
É só distribuir mais dinheiro e, em algum momento, talvez alcancem seus objetivos.
WAGMI